quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Excelente programação da Antena 102 Web, de Jales-SP

Excelente programação dessa rádioweb, da cidade de Jales-SP, a Antena 102. Gostei muito.
Abraço aos seus dirigentes. Vale a pena sintonizar. Muito simples, é só clicar no link, na figura abaixo.
Parabéns

Ronaldo São Romão Sanches
Campo Grande-MS

domingo, 17 de outubro de 2010

Emilio Santiago completa 40 anos de carreira

Considero o Emílio uma das melhores vozes do Brasil. O cara realmente canta muito. O vídeo abaixo, creio que é do tempo que o Emílio fazia apresentações em bailes. Esses dias atrás vi o programa Sarau, da Globo News, apresentado pelo Chico Pinheiro, com a presença do Jorge Aragão, comemorando os 40 anos de carreira do Emílio.
Não sei se vai continuar na programação dessa semana, mas quem quiser assistir o programa, pode ver acessando o link do programa Sarau.
http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,JOR317-17665,00.html
pode acessar outros programas muito bons, também pelo blog: http://globonews.globo.com/platb/sarau/

abraço a todos.
Ronaldo

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Universos Paralelos, a teoria do Dr. Michio Kaku

Um dos assuntos que chamam minha atenção, posso dizer que é o estudo sobre a origem do universo e por conseguinte a origem da vida. As religiões abordam esse assunto de diferentes formas, a ciência tem contribuido sobremaneira para esclarecer assunto tão complexo e de imprescidível discussão, mas fica evidente o quanto somos ignorantes ainda. A Doutrina Espírita, tem uma obra fundamental dedicada ao tema, A Gênese, que faz parte da Codificação elaborada por Allan Kardec.
Deparei-me com essa entrevista do Dr. Michio Kaku ao apresentador Gavin Esler, no programa HardTalk Extra da BBC, em abril de 2005, que foi dividida em 3 partes. Aborda vários temas com muita desenvoltura, interessante  a sua visão sobre o nosso atual estágio evolutivo. Excelente.
Parte 1
Parte 2
Parte 3

sobre o Dr. Michio Kaku
http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1607713-17665-310,00.html

domingo, 10 de outubro de 2010

Feliz aniversário John Lennon

Muito interessante o filme que assisti ontem, Os Estados Unidos Contra John Lennon (U.s Vs. John Lennon), que estreou em 2006, contando a pressão que sofreu o ativista pela paz, além de gênio musical John Lennon, no período que resolveu morar nos Estados Unidos em plena época da Guerra do Vietnã. O filme retrata como o governo americano tratava aqueles que se atreviam a protestar por sua política bélica, a hipocrisia de homens como Hoover, poderoso chefe do FBI na época e Nixon então presidente. Ontem Lennon faria 70 anos. Assim como outros pacifistas, como Mahatma Gandhi e Martin Luter King também foi assassinado. Morava em New York, em frente ao Central Park, cidade que havia escolhido para viver, pois acreditava ser o centro cultural de um mundo em ebulição e que dali sua mensagem de paz se espalharia por todo o planeta. A música símbolo daquele período foi Give Peace A Chance (Dê uma chance à paz). Entre as canções que fez pela paz, destaca-se: Imagine. Com certeza posso dizer que Lenon vive e a luta por um mundo melhor continua, nenhum esforço como esse é em vão. Feliz aniversário John Lennon.
Notícias sobre as comemorações do seu aniversário:
 Loja oficial: http://johnlennon.shop.livenation.com/

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Aquecimento Global, Tamanduás e Arborização Urbana

O título é provocativo. Afinal, o que pode haver em comum em temas tão diversos? Cada vez mais os cientistas reúnem evidências de que a temperatura média do planeta vem aumentando em razão das atividades humanas. O problema deverá ser mais grave nas regiões tropicais, especialmente em áreas de baixa altitude. Então, as cidades onde as temperaturas já eram naturalmente elevadas, como muitos municípios do Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil deveriam estar discutindo as possíveis consequências e medidas para minimizar as consequências do aumento previsto de 3º a 6ºC na temperatura média na próxima década (p. ex., veja a publicação: “Mudanças climáticas globais e seus efeitos sobre a biodiversidade - Caracterização do clima atual e definição das alterações climáticas para o território brasileiro ao longo do Século XXI”, de 2007, do Ministério do Meio Ambiente).
Há décadas moro em Corumbá, a cidade que é considerada a capital do Pantanal em Mato Grosso do Sul. Por conhecê-la bem, vou apresentá-la como modelo, mas aposto que muitos leitores vão reconhecer semelhanças com suas próprias cidades. O clima de Corumbá está longe de ser ameno. Nos meses quentes de novembro e dezembro de 2009, a média das temperaturas máximas chegou a 35,5ºC e a máxima absoluta registrada foi de 41,6ºC (dados INMET). Naquele ano, Corumbá teve a duvidosa glória de ter tido a temperatura mais quente no inverno (41,1ºC), entre todos os municípios brasileiros (http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1317175-5598,00.html, acessado em 16/08/2010), mas a mínima absoluta do inverno de 2010 chegou a 6,7ºC, e, devido aos fortes ventos, a sensação térmica foi ainda mais baixa. Esta grande amplitude nas temperaturas durante o inverno é característica histórica de Corumbá, mas pode se agravar com o aquecimento global. As partes geladas do hemisfério, incluindo a Antártida e as porções ao sul da América do Sul são como um dínamo de ventos. Quando este dínamo consegue energia, na forma de calor, ele sopra. Sopra um vento frio e seco. Parece contraditório, mas aquecer as regiões mais frias do hemisfério, pode determinar um aumento na frequência e intensidade das frentes frias que se originam lá e que atingem Corumbá com tanta intensidade. Temperaturas extremas como estas já são limitantes para vários tipos de atividade humana. No inverno, durante os eventos de frentes frias, as noites corumbaenses ficam praticamente desertas. No verão, poucas pessoas se atrevem a fazer caminhada nos horários tórridos do dia, e é provável que o comércio observe queda nas vendas nessas horas. Então, precisamos de alguma coisa que sombreie e refresque a cidade nos períodos de calor intenso, mas que conserve o calor e a proteja dos ventos fortes durante os eventos de friagem. Já adivinharam a idéia? Ainda não? Então vamos falar um pouco sobre tamanduás.
O tamanduá-bandeira, que os biólogos gostam de chamar pelo nome pomposo de Myrmecophaga tridactyla, é um animal surpreendente na aparência e no seu modo de vida, e ocorre em abundância no Pantanal. Ele é considerado um animal característico de clima quente, mas tem uma pele surpreendentemente grossa, com pelos longos e abundantes. É como se vestisse um grosso casaco de peles. Como todos sabem, ele se alimenta quase exclusivamente de formigas e cupins, alimentos ricos em proteína, mas pobres em energia. Esta dieta desbalanceada faz com que o tamanduá-bandeira tenha problemas com seu metabolismo basal, que é bem mais baixo que o esperado para um mamífero daquele tamanho e é uma das causas do tamanduá ter dificuldades em ajustar fisiologicamente sua temperatura, quando a temperatura externa é muito elevada ou muito fria. Vou explicar melhor: o grosso casaco de peles confere ao tamanduá o que os cientistas chamam de grande “insulação térmica”, ou seja, ele suporta uma amplitude relativamente grande de temperatura (algo entre 15º a 36ºC) sem ter que lançar mão de recursos fisiológicos para controlar a temperatura, como fazem a maioria dos mamíferos - coisas como suar, tremer ou se arrepiar. Entretanto, quando a temperatura ambiente vai abaixo de 15º ou acima de 36ºC, o tamanduá-bandeira começa a ter problemas. Temperaturas acima de 36ºC são frequentes nos verões pantaneiros e, como vimos, os eventos de frentes frias podem levar a temperatura bem abaixo dos 15ºC. Então, como os tamanduás lidam com estas temperaturas extremas no Pantanal?
Estas características inusitadas dos tamanduás e perguntas como esta acima chamaram minha atenção e a de meus alunos, e temos estudado o tamanduá há anos. Uma de minhas alunas, Ísis Medri, usou radiotransmissores fixados nos tamanduás para monitorá-los em uma área do Pantanal. Sempre que ela sabia, pelo sinal captado por uma antena receptora, que um tamanduá estava dentro de um fragmento de mata logo à frente, ela tomava a temperatura do ar, fora e dentro do fragmento, nas proximidades de onde o animal se encontrava. Ambas as temperaturas eram tomadas à sombra. Os resultados deste estudo foram publicados em 2007, no volume 271 da revista especializada Journal of Zoology, mas os pontos que gostaria de chamar a atenção aqui são: (1) sempre que fazia muito frio ou muito calor os tamanduás se abrigavam dentro dos fragmentos e (2) as temperaturas dentro dos fragmentos foram até cinco graus mais quentes que as temperaturas externas nos eventos de frentes frias e até cerca de 7-8 graus mais frescas do que as temperaturas externas durante as horas mais quentes do verão.
Agora acho que a maioria dos leitores pegou a idéia. Se plantarmos árvores, muitas árvores, na área urbana, podemos imitar o efeito que elas têm em áreas como o Pantanal. Creio que todos já experimentaram a sensação refrescante ao penetrar em um bosque ou sob as sombras de árvores em um parque durante um dia ensolarado. Se estendermos um tapete de copas que literalmente sombreie as ruas de cidades como Corumbá, aposto que seremos capazes de amortecer os efeitos de temperaturas extremas. É claro que será necessário repensar as cidades, o sistema de distribuição de energia elétrica e iluminação pública, e até a circulação de automóveis. Em Corumbá temos a sorte de termos a maioria das ruas largas o suficiente para permitir até a construção de canteiros centrais. Provavelmente, algumas ruas do centro da cidade têm vocação para serem transformadas em calçadões, de uso exclusivo de pedestres à sombra de árvores copadas. De qualquer forma, acho que os tomadores de decisão deveriam se inspirar nos tamanduás e começar a discutir seriamente planos de re-arborização urbana capazes de abaixar a temperatura média das cidades em vários graus centígrados, e assim fazer frente aos desafios impostos por um planeta em aquecimento.

O autor Guilherme Mourão (gui@cpap.embrapa.br) é doutor em Biologia, ênfase em Ecologia, pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e pesquisador da Embrapa Pantanal na área de ecologia, manejo e conservação de animais silvestres.

COMO CITAR ESTE ARTIGO
MOURÃO, G. Aquecimento global, tamanduás e arborização urbana. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2010. 4p. ADM – Artigo de Divulgação na Mídia, n.140. Disponível em:
<http://www.cpap.embrapa.br/publicacoes/online/ADM140>. Acesso em: 01 set. 2010.

domingo, 3 de outubro de 2010

Brasil: eu te amo mesmo assim!

Que neste dia haja um alinhamento dos astros e o magnetismo do universo derrame suas energias nas mentes dos brasileiros para que seus votos façam a história do melhor caminho. Neste dia tão importante para a democracia, ao votar não consigo parar de cantarolar uma velha canção: Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora / Não espera acontecer... Se respira, fala, come, ignora ou elogia, você está relacionando-se na pólis, ou melhor na cidade, como os gregos referiam-se aos aglomerados urbanos. A relação humana é uma atividade própria dos urbanos, de quem mora nas cidades e por isto recebe o nome de política ou a arte de viver. Caso você não goste de política nos e dos partidos, tudo bem! Mas política inevitavelmente todos nós fazemos, pois é inerente à vida, ao cotidiano. Cada opção, cada escolha, cada compra; qualquer ida e vinda representa um ato político.
Ao criticar qualquer um de nossos governantes e qualquer um de nossos parlamentares acusando-os de corruptos, individualistas, sonegadores e desonestos vamos fazer um exame de nossa consciência enquanto cidadão. Antes de destroçar com nosso congresso, assembléia legislativa e nosso executivo vamos revisitar nossas condutas e posturas no cotidiano. Por que “nossos”? Por que os escolhemos na última eleição: aliás, você lembra em quem votou na última eleição para deputado e senador? Nossos governantes e parlamentares representam a sociedade: são amostras do que é a sociedade!
Para induzir reflexões àqueles que tantos criticam os políticos, exatamente antes deste momento de escolher e votar, eu questiono: quantos destes críticos não reproduzem ilegalmente CDs, DVDs e livros pirateando os direitos autorais? Quantos não declaram certos rendimentos à receita federal? Quantos não sonegam impostos municipais como ISS, IPTU e outros? Quantos destes críticos no dia a dia subornam funcionários e ou pagam propinas e oferecem presentes para obter benefícios? Quantos não cobram comissões indevidas em suas vendas e compras? Quantos são deselegantes no trato com as pessoas no cotidiano ofendendo ou faltando com a educação e a ética?
A democracia a cada eleição permite-nos repensar, refletir, corrigir, confirmar e participar do processo de construção da sociedade que queremos para viver melhor. O erro e a imperfeição são inerentes a nossa condição de humanos. Vamos aproveitar este dia de eleição para drenar nossos fluídos e líquidos de cidadania e colocar nossas vontades e escolhas no leito caudaloso dos votos para legitimar aqueles que escolheremos para conduzir a nação.
Ao céticos e pessimistas eu peço desculpas, pois duas coisas eu não consigo separar uma da outra: eleição e poesia.
Com singeleza sugiro a todos que caminhem para o local da votação lembrando-se do poeta Cazuza que cantou Brasil! Mostre a sua cara! E a mim não importa, se bonita ou feia for a sua cara, eu te amo mesmo assim.


Artigo publicado no Jornal da Cidade, de Bauru-SP, edição do dia 03/10/2010. O autor, Alberto Consolaro, é Professor Titular de Patologia da Faculdade de Odontologia de Bauru-FOB-USPe  e colunista da seção Ciências, às segundas-feiras no JC